O alisamento capilar continua sendo um dos procedimentos mais procurados por quem deseja reduzir o volume, controlar o frizz e conquistar fios mais alinhados por mais tempo. Mas, diferente do que muita gente pensa, não existe “um único” tipo de alisamento. Cada técnica usa ativos diferentes, oferece resultados distintos e exige cuidados específicos antes, durante e depois do processo.
Para te ajudar a decidir com segurança, entender a compatibilidade química e evitar danos, aqui vai um guia completo: simples, direto e confiável.
1. O que é alisamento capilar e como ele funciona?

O alisamento capilar é um procedimento químico que altera a estrutura interna do fio. Em resumo, ele rompe algumas das ligações que mantêm a curvatura natural do cabelo, permitindo que ele seja moldado para uma forma mais lisa.
O que muda de uma técnica para outra é justamente o ativo químico usado para romper essas ligações. Por isso, entender como cada ativo age é fundamental, já que alguns são incompatíveis entre si. Misturar substâncias químicas sem análise correta pode causar danos graves, como quebra e corte químico.
Outra coisa importante: alisamento não é hidratação. Ele pode até deixar um brilho imediato, mas o fio passa por um processo agressivo, e a saúde capilar precisa ser tratada com constância.
2. Principais tipos de alisamento e suas diferenças

Hoje, as técnicas mais usadas no mercado são:
• Tioglicolato de amônia (Tioglicolato)
É uma das químicas mais tradicionais. Alisa bem, permite alisamento progressivo ou permanente e pode ser reaplicado apenas na raiz.
Compatibilidade: não pode ser misturado com hidróxidos de forma alguma.
Indicação: cabelos ondulados, cacheados ou com curvaturas médias.
• Hidróxidos (sódio, cálcio, guanidina e lítio)
Os hidróxidos são fortes e muito eficientes para alisar cabelos crespos e crespíssimos.
Compatibilidade: entre si; porém são incompatíveis com tioglicolato e com qualquer química à base de amônia.
Indicação: fios muito volumosos e resistentes.
• Escova progressiva (com ou sem formol)
Alisa temporariamente, reduz volume e controla o frizz. O efeito depende da fórmula e pode durar até 3 meses.
Compatibilidade: varia conforme a marca; exige teste de mecha e análise prévia.
Indicação: quem quer alinhamento e praticidade no dia a dia.
• Selagem térmica e gradativas
São versões mais suaves de alinhamento térmico. Geralmente não alteram profundamente a estrutura do fio, mas criam uma película que deixa o cabelo mais alinhado.
Indicação: quem quer reduzir frizz, mas não busca um liso absoluto.
3. Como saber qual alisamento é ideal para o seu cabelo?

A escolha do alisamento ideal depende de três fatores fundamentais:
• Tipo de curvatura
Fios crespos costumam responder melhor aos hidróxidos, enquanto ondulados e cacheados geralmente se dão melhor com tioglicolato ou escovas progressivas.
• Histórico químico
Se o cabelo já passou por coloração, descoloração, relaxamento ou progressiva, é obrigatório analisar compatibilidade. Misturas erradas são as principais responsáveis por corte químico.
• Estado atual do fio
Mesmo se a química for “compatível”, fios fracos, elásticos, muito ressecados ou quebradiços não devem passar por alisamento até serem fortalecidos com tratamentos de hidratação, nutrição e reconstrução.
O melhor caminho sempre é um diagnóstico profissional. O cabeleireiro avalia a fibra, realiza teste de mecha e indica a técnica mais segura para o seu tipo de cabelo.
4. Cuidados antes e depois do alisamento: o que fazer para evitar danos

O alisamento exige cuidados específicos para manter os fios fortes, brilhantes e longe da quebra. Aqui estão os principais:
Antes do procedimento
- Faça teste de mecha e teste de sensibilidade obrigatoriamente.
- Evite tinturas e descolorações muito próximas do dia do alisamento.
- Fortaleça o cabelo com hidratações e nutrições semanas antes.
Depois do procedimento
- Respeite o tempo recomendado para lavar o cabelo.
- Use shampoos suaves e máscaras nutritivas para repor massa e lipídios.
- Evite descolorações ou tinturas com amônia rapidamente após a química.
- Reaplique o alisamento apenas na raiz, nunca no cabelo todo.
- Aposte em cronograma capilar focado em reconstrução para evitar afinamento e quebra.
O alisamento pode sim deixar os fios mais alinhados, fáceis de arrumar e com movimento bonito, desde que seja escolhido com consciência e aplicado de forma técnica. Entender os diferentes tipos de química, respeitar a compatibilidade e priorizar os cuidados antes e depois do procedimento faz toda a diferença entre um liso saudável e um cabelo danificado.
Se a ideia é alisar, pesquise, cuide e, sempre que possível, conte com um profissional de confiança. Seu cabelo merece um resultado bonito, duradouro e, acima de tudo, seguro.