Vamos falar sobre prazer feminino?

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  • Talitha Benjamin
 Mãos femininas tocando uma laranja, representando o prazer feminino.

Não tem jeito: falar sobre sexo e sexualidade é tão necessário quanto nunca. No entanto, esse aspecto importantíssimo, que nos gera a vida e nos faz humanos, ainda é um tabu para a maioria das pessoas, principalmente quando falamos das mulheres. Sim, os tempos mudaram, mas se tratando de sexo, ainda patinamos, e o próprio prazer feminino ainda é uma dádiva desconhecida por muitas.

Não dá para negar que homens e mulheres aprendem e vivenciam sexo de formas diferentes. Enquanto mulheres são ensinadas a priorizar a intimidade emocional e a se apaixonar, homens são incentivados a viverem todos os seus desejos sexuais sem restrições. Agora, a pergunta que fica é: quem está ficando para trás, quando o assunto é prazer?

A resposta é evidente: uma pesquisa realizada pela escola de sexualidade Prazerela, indica que apenas 36% das mulheres têm orgasmo durante o sexo. Enquanto isso, uma rede inglesa de sex shop mostrou em uma pesquisa que 80% das mulheres possuem dificuldades para alcançar o ápice sozinhas ou acompanhadas.

Esses números estão diretamente ligados com a expectativa da sociedade, a de que as mulheres escondam, reprimam e ignorem seus desejos sexuais, mas que sejam parceiras perfeitas para assegurar uma boa relação com seu futuro marido.

Mas, qual é o efeito prático disso na vida das mulheres? Como vivenciar o prazer feminino sem culpa, e mesmo assim, com segurança? Quais os caminhos podemos trilhar para tornar a vivência da sexualidade mais igualitária para as mulheres?
Vamos conversar sobre o prazer feminino?

Histeria feminina ou tesão reprimido: de onde viemos?

Historicamente, a sexualidade feminina foi submetida a uma severa repressão social, com normas culturais, doutrinas religiosas e, muitas vezes, até a lei sendo utilizadas para limitar o papel da mulher à esposa e mãe, e a reprimir e condenar o desejo sexual.

Mesmo no casamento, o sexo era uma atividade prazerosa apenas para o marido, e da mulher, era exigido um constante estado de submissão e passividade. A busca pelo prazer feminino era algo imoral e fora do natural, mesmo no matrimônio: em meados do século XIX, mulheres que demonstravam qualquer tipo de comportamento anormal acerca de sua sexualidade eram diagnosticadas com “histeria”, e submetidas a tratamentos dolorosos e invasivos.

Com a chegada do século XX, os movimentos feministas foram responsáveis por desafiar noções datadas sobre morais e bons costumes, que frequentemente prejudicavam a independência e a autonomia feminina. Foi nesse período em que a ideia de liberdade e empoderamento sexual começou a tomar forma e popularidade. Mais para frente, avanços tecnológicos, como a pílula anticoncepcional e brinquedos sexuais, abriram novas possibilidades para o prazer e a exploração sexual das mulheres.

Prazeres culpados: por que é tão difícil ser livre sexualmente?

Pensando em como a sociedade lidou com o prazer feminino por tanto tempo, é possível entender o porquê pouquíssimas mulheres têm familiaridade com o seu próprio corpo. Ao longo da história, o controle social sobre o feminino criou mulheres que nascem, crescem e morrem sem viver sua sexualidade livremente. Isso começa pela autonomia, na privação de tomarem decisões sobre o seu próprio corpo: quando começar a vida sexual, qual tipo de anticoncepcional usar, se querem ou não ter filhos, se querem ou não se relacionar com homens, e por aí vai.

O mundo pode ter mudado bastante acerca da sexualidade, mas em certos aspectos, ainda há muito para se desconstruir. Para as próprias mulheres, até mesmo conhecer o próprio corpo já é um tabu: de acordo com uma pesquisa de 2020 da Nielsen Brasil, em parceria com a Troiano Branding, 50% das mulheres não sabem apontar corretamente em uma foto a localização da vagina e da vulva. Nessa mesma pesquisa, vemos que 25% delas sequer tocam a própria genitália.

A repressão à sexualidade tem efeitos práticos, que afasta as mulheres do prazer sexual e cria um sentimento de culpa e vergonha acerca dos próprios desejos. Por mais avançados que somos, a sociedade brasileira ainda exige que as mulheres neguem seus desejos, e adotem uma postura “virtuosa”, condenando a liberdade sexual, ao mesmo tempo em que tolera, e até mesmo encoraja, a vivência sexual dos homens.

Autoconhecimento: os caminhos para sentir prazer

Então, as mulheres estão condenadas a sempre terem uma jornada tão pesada quando o assunto é sexo? Quais são os caminhos para mudar essa visão? Simples: o autoconhecimento. E não estamos falando só sobre conhecer o próprio corpo, se tocar com carinho e generosidade, sem cobranças e julgamentos, mas, sim, conhecer quais são suas barreiras, seus bloqueios, e o que te impede de sentir prazer.

É vergonha? Culpa? Um parceiro incompatível, ou a necessidade de ter um? Traumas decorridos de violências de gênero? Estresse profissional ou pessoal? Autoestima baixa? Sim, pode ser um exagero, mas todos esses aspectos são, comprovadamente, capazes de interferir na nossa capacidade de ter bem-estar sexual, principalmente quando pensamos que, historicamente, somos ensinadas a nos esconder e negar nossos desejos.

Aqui, oferecemos o primeiro passo para que você entenda que, se tratando de sexualidade, não atingir o orgasmo, sentir-se retraída ou desconfortável em falar sobre sexo, sentimentos de culpa, vergonha e medo de se relacionar, não são normais, e existem em você por um motivo muito maior. E o mais importante, é claro: você merece – e deve – sentir prazer!



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