7 mitos ultrapassados sobre ser bissexual
- 1 de julho de 2019
- 09:49
- Tayla Pinotti
Não importa se você é hétero, gay, lésbica ou trans: quando alguém se declara como bissexual, você provavelmente fica cheio de dúvidas.
Isso acontece porque a bissexualidade ainda é pouco discutida, contribuindo para que uma série de mitos e estereótipos sejam criadas à respeito do assunto.
Para desconstruir algumas ideias ultrapassadas, veja abaixo 7 mitos sobre bissexualidade que você parar de reproduzir já.
Ser bissexual é “só uma fase”
É verdade que alguns gays e lésbicas demoram até se reconhecerem como homossexuais e, por isso, passam algum tempo da vida se relacionando com ambos o sexos.
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No entanto, além de isso não ser uma regra, limitar a bissexualidade à uma fase não é correto, já que muitas pessoas levam, de fato, uma vida na qual se interessam tanto por homens, quanto por mulheres, sejam eles cis ou trans.
Bissexualidade não existe porque é impossível gostar “das duas coisas”
Se você não gosta “das duas coisas”, provavelmente vai achar que é impossível mesmo sentir atração por ambos os sexos.
Mas, antes de mais nada, é importante esclarecer que ser bissexual não significa, necessariamente, gostar de homens e mulheres na mesma proporção.
De acordo com o Manual de Comunicação LGBTI+ de 2018, a força da atração por cada gênero pode variar com o tempo. Além disso, em muitos casos, é normal sentir mais atração por um gênero do que pelo outro.
Pessoas bissexuais são promíscuas
Muitas pessoas confundem “gostar de ambos os sexos” com “pegar todo mundo”. Não é porque uma pessoa é bissexual que ela sai por aí beijando homens e mulheres o tempo todo.
Também é muito comum dizer que bissexuais só querem sexo e não pensam em se relacionar afetivamente com ninguém, o que não é verdade, necessariamente.
Pessoas (independentemente do gênero ou preferência) tem vontades e personalidades diferentes, o que quer dizer que existem bissexuais que gostam, sim, de relações mais casuais, mas também existem aqueles que preferem relações monogâmicas.
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Homens e mulheres bissexuais são infiéis
Por serem considerados promíscuos e pegadores, os bissexuais também são comumente associados à infidelidade.
Muitas pessoas acham que um bissexual pode “sentir falta” de se relacionar com pessoas de um sexo diferente do seu parceiro, uma ideia completamente equivocada pois, afinal, fidelidade é uma questão de caráter e não de sexualidade.
Uma mulher ou homem bissexual aceitam facilmente convites para menages
Bissexuais são vistos sob uma ótica muito sexualizada pela sociedade. Prova disso é que, quando uma mulher se assume bissexual, muitos garotos já pensam que ela é “aquela amiga para fazer menage”, o que é uma associação totalmente preconceituosa e hostil.
Da mesma forma de ser ser bissexual não significa ser infiel, também não significa ser adepto do sexo a três. Por isso, tenha cuidado com “convites” ou até com dúvidas que possam soar deselegantes.
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Uma pessoa que se considera hétero, mas já beijou alguém do mesmo sexo, é bissexual
Cada pessoa sabe da própria sexualidade e das próprias preferências, mas não é só porque uma pessoa já teve curiosidade ou vontade de experimentar algo com alguém do mesmo sexo que ela é, de fato, bissexual.
Ser bissexual significa sentir atração e ou se relacionar afetiva, sexual ou emocionalmente com pessoas do mesmo gênero e também do gênero oposto. Ou seja: a bissexualidade não é uma fase de experimentação.
Uma pessoa bissexual não sofre preconceito
Os bissexuais fazem parte da comunidade LGBT – inclusive, representam a letra B -, o que significa sofrem preconceito assim como qualquer outra pessoa que se relaciona com outra do mesmo sexo.
O fato de uma pessoa bissexual também gostar do gênero oposto não apaga as vivências que ela tem ou já teve com o mesmo gênero e não faz com que ela sofra com os homofóbicos – ou com os bifóbicos, no caso.
Assim como gays e lésbicas, os bissexuais também precisam “sair do armário” e lidar com pessoas preconceituosas que reproduzem todos os mitos e estereótipos citados acima.