Mães no mercado de trabalho: mulheres que foram prejudicadas

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  • Thauany Lima
 Mães no mercado de trabalho

“Ninguém me disse que seria tão difícil”, essa frase é dita pela maioria das mães que decidem continuar ou retomar ao mercado de trabalho após a maternidade.
Dizem que ser mãe é “padecer no paraíso”, mas afinal, o que significa esse padecer para as mulheres que escolhem a maternidade atualmente?
Está cada vez mais comum escutarmos mães dizendo que amam seus filhos, mas acham péssimo como a sociedade atual ainda trata esse papel, já que o peso é maior e mais árduo para elas.

Ser mãe e profissional

Olhando para o viés do mercado de trabalho, ser mãe no mundo corporativo não é nada atrativo. Comparando com as mulheres sem filhos que já sofrem com conflitos de desigualdade de gênero, as mães são ainda mais inferiorizadas.
É um grande desafio para mulheres com filhos pequenos conseguirem retomar a sua rotina de trabalho, principalmente se elas são solteiras.
Para a professora Maria Madalena (49), encontrar alguém de confiança para deixar o pequeno (enquanto trabalhava) foi o seu maior problema no início da maternidade: “deixar ele com uma pessoa estranha e ir trabalhar, era minha principal dificuldade! Eu ficava com medo, principalmente, dele sofrer maus tratos”.
Além do medo e insegurança em deixar as crianças com pessoas desconhecidas ao retornar ao trabalho, muitas mulheres são as principais responsáveis pelas crianças no caso de doenças ou mal-estar, ou seja, a maternidade é a prioridade em suas vidas, diferente dos homens que, na maioria das vezes, não colocam a paternidade em primeiro plano.
Isso acontece na vida da Maria Madalena, que hoje com o filho de 5 anos, ainda precisa deixar a carreira em segundo lugar, pois “meu marido não falta ao trabalho, só cabe a mim essa tarefa”, palavras da própria professora.
“Quando meu filho está doente, tenho que faltar para cuidar dele ou levá-lo ao médico. Além disso, às vezes não tenho com quem deixá-lo para ir ao serviço, então o levo junto, mesmo sabendo que naquele dia eu não vou fazer o meu trabalho com excelência”, conta Maria.

Entrevista de emprego depois da maternidade

Não é fácil encontrar trabalho com uma criança pequena, é um jogo de contradições, ou seja, você precisa trabalhar para sustentar o pequeno, mas as empresas acreditam que não é o momento, porque o bebê é muito pequeno. Loucura, né?
É mais comum do que você pode imaginar, mas entre as mães mais experientes, é muito rotineiro encontrar casos de instituições que não contratam mães. Esse caso aconteceu com a Designer Tatiane Brito (31), que tem dois filhos – oito e três anos-, ela conta que perdeu inúmeras oportunidades de emprego por conta da maternidade: “Na área de eventos a qual eu atuei muitos anos, não ter filhos, por exemplo, era um requisito. Em outro caso, fiz uma entrevista em que era necessário ter disponibilidade para viagens, e a entrevistadora me informou que como eu tinha 2 filhos era muito difícil eu conseguir ficar.”
Além disso, nos processos seletivos que Tatiane enfrentou, as perguntas sempre foram com o objetivo de pressionar a mãe e analisar se ela tem a capacidade para trabalhar fora de casa. “Já me perguntaram com quem meus filhos iriam ficar caso eu fosse aprovada para a vaga, outra vez indagaram se eu não me sentia mal por deixá-los em casa e ter que ir trabalhar.”
*Os três homens entrevistados para esta matéria não se lembram de terem sido questionados sobre suas paternidades em um processo seletivo.

Tempo, trabalho e maternidade

Outro desafio das mães é na administração do tempo, já que o dia tem 24 horas, sendo 9 dedicados ao trabalho – caso trabalhe em horário integral -, mais de uma hora no percurso até a casa, além de ter que realizar tarefas caseiras.
É muito cansativo essa rotina convencional para as mães, isso principalmente quando não se tem um companheiro(a) para dividir o peso.
A radialista Renata (32), perdeu o marido há dois anos, desde então, precisou trabalhar em duas empresas para não deixar faltar nada para os dois filhos.
“O mais difícil para mim é separar um tempo de qualidade para estar com meus filhos, já que estava atuando em dois empregos nos últimos 2 anos, – desde que perdi meu marido. Minha rotina se resumia em sair de casa às 5h da manhã, entrar no segundo emprego às 15h,e voltar para casa às 22:30.”
A luta pela igualdade de gênero é tão necessária para as mulheres hoje, como foi em anos anteriores. Ações afirmativas deveriam existir para inibir esses tipos de seleções ou desafios após a maternidade.
Dividir as tarefas diárias com o pai (caso exista) ou tratá-lo como igual nas responsabilidades com os filhos, é uma ótima alternativa para ambos conseguirem se dedicar a carreira, sem limitações. Afinal, a carreira da mulher é tão importante quanto a do homem!
Curtiu o texto? Que tal entender mais sobre os desafios das mães independentes. Confira!



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