3 cuidados na gravidez para ter uma gestação tranquila

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  • Talitha Benjamin
 cuidados na gravidez

Desde a descoberta até o momento pós-parto, a gestação é repleta de surpresas e muitas complexidades que tornam este um momento único na vida da mãe. Mudanças corporais, preparações para receber o bebê e o amadurecimento emocional fazem parte dos nove meses da gestação. Mas, o que permanece como uma regra para todas as gestantes é a importância de adotar cuidados na gravidez que promovam a saúde da mãe e do bebê.

Não é novidade que, desde o primeiro trimestre, a gestante precisa mudar totalmente a rotina, com hábitos e um estilo de vida focado em se preparar para a chegada de uma nova vida. Os cuidados na gravidez são feitos através do acompanhamento médico pré-natal, mas também precisam estar presentes no dia a dia, em casa, no trabalho, na construção da rede de apoio e na preparação emocional para o nascimento. A necessidade dessa alteração vai muito além da saúde da mãe e do bebê: uma gravidez tranquila e cuidadosa também ameniza o desconforto durante a gestação, no parto e também no puerpério – período após o parto até que o corpo da mulher volte às condições pré-gestação.

Quer saber quais cuidados são estes? Conversamos com o Dr. Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa de São Paulo, para sugerir os 3 principais cuidados na gravidez que vão garantir uma gestação saudável.

Quais são os primeiros cuidados na gravidez essenciais para mamãe e bebê?

De acordo com o Dr. Carlos Moraes, os cuidados com a gravidez começam antes mesmo da descoberta, já que a condição corporal da gestante interfere diretamente na gestação: “pacientes acima do peso, por exemplo, já começam o pré-natal com a recomendação de perder alguns quilos, já que normalmente a paciente ganha de 10 a 12 kg na gestação. Se ela começa a gestação fora do peso ideal, existe o risco do desenvolvimento de doenças, como a diabetes gestacional”, exemplifica o médico.

Assim, os exames pré-natais são essenciais, e se a gestação é planejada, o acompanhamento médico deve começar antes mesmo da concepção: “outras condições de saúde, como hipertensão, problemas cardíacos, e afins, também interferem na gestação, devem ser avaliadas e levadas em consideração, pois fazem toda a diferença durante os nove meses”, afirma.

Além de fazer o tratamento de doenças e condições pré-existentes, alguns cuidados também ajudam a deixar a gestação, o parto e o puerpério mais leves. Veja abaixo:

1. Alimentação

A alimentação saudável é essencial para quem está aguardando uma nova vida: segundo mapeamento realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, a diabetes gestacional acomete entre 2 a 15% das mulheres grávidas e, de acordo com o Dr. Carlos Moraes, tem implicações diretas na saúde da gestante e do bebê. “Um recém-nascido tem em média 3,400 kg, enquanto um bebê de mãe diabética pode ter 4 kg, ou mais, e pode causar complicações no parto”, alerta o médico.

Não existe dieta ideal, já que cada organismo é único, e as necessidades nutricionais também mudam de acordo. Existem, no entanto, dicas que podem ser universais e são ainda mais urgentes durante a gestação: evitar ultraprocessados e industrializados, preferindo a versão natural e orgânica dos alimentos, por exemplo. O ideal é procurar um nutricionista, que vai saber orientar a melhor dieta e composição conforme as necessidades específicas da gestante.

2. Exercícios físicos

Muita gente acredita que, na gestação, deve-se cessar as atividades físicas e priorizar o repouso, mas a realidade é o oposto: movimentar-se durante esse período é essencial para a saúde da mãe e do bebê, e é diretamente responsável por uma gestação tranquila, um parto menos complicado e um puerpério menos sofrido: “brinco com as pacientes que elas colhem o que plantam. Se você se exercita bem durante os nove meses, mantém uma boa força da musculatura abdominal, das costas, faz atividades aeróbicas — que ajudam na respiração —, lá na frente, quando o bebê estiver mais formado, e a barriga mais pesada, o parto será mais tranquilo, e o pós-parto também”, recomenda o ginecologista.

3. Saúde mental

Para além da saúde física, o psicológico também tem ação direta na saúde da mulher, e não seria diferente durante a gestação, um período complexo que, além de representar diversas mudanças e transformações, também inclui alterações de humor causadas por hormônios. A depressão pós-parto, de acordo com o Instituto Fernandes Figueiras, da Fundação Oswaldo Cruz, acomete 10% das gestantes ao redor do mundo. Ainda segundo o Instituto, o olhar da sociedade sobre este problema é importantíssimo, já que este transtorno acomete as mães em um momento crítico do desenvolvimento infantil, que é o estabelecimento dos padrões parentais e formação do vínculo.

De acordo com o médico, a promoção da saúde mental da grávida é importante, e muitas vezes ignorada: “pacientes que já apresentam histórico de depressão e que não acompanham durante a gestação, têm a tendência de ter estes transtornos evoluídos para a depressão pós-parto”, alerta o médico. Por isso, a recomendação é, além de cuidar da parte física, incluir também o acompanhamento psicológico e a atenção à saúde e bem-estar mental durante o pré-natal.

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