Consumismo: Como evitar o consumo exagerado de roupas
- 16 de outubro de 2018
- 10:52
- Tayla Pinotti
Todo ser humano precisa de insumos para viver, incluindo roupas. “Tomar um banho de loja” é diferente de comprar uma peça ou outra por necessidade.
Quando o consumo de qualquer bem material se torna exagerado é que acontece o chamado consumismo. Ou seja, um tipo de compulsão que leva o indivíduo a comprar de forma ilimitada bens ou serviços.
Apesar de ser um reflexo do sistema capitalista, o consumismo pode ser movido por distúrbios emocionais e psicológicos, ou até mesmo por motivações sócio-econômicas.
Quando falamos em consumo exagerado, as roupas são a primeira coisa que vem em mente e não é à toa: a compulsão pela compra de vestimentas é mesmo uma das maiores.
Paralelo à isso, a sociedade também precisa lidar com o modo de produção tradicional de roupas, que é conhecido como “fast fashion”. A “moda rápida” é um padrão de produção no qual os produtos são fabricados, consumidos e descartados em pouquíssimo tempo.
Esse modelo é recheado de exploração do trabalho, além de ser marcado pela degradação do meio ambiente. Pois se faz necessária uma exploração de recursos naturais para que haja uma produção em larga escala.
O consumo exagerado de roupas não é só um hábito perigoso para quem o pratica, mas também para o ambiente como um todo. Muitas peças acabam sendo descartadas ou ficando “encostadas” no guarda-roupas.
No mundo ideal, em vez do fast fashion, a sociedade deveria optar pelo eco fashion, que busca uma moda sustentável e reduz os impactos das pessoas no meio ambiente.
Você também pode fazer sua parte e evitar o consumo/desperdício exagerado com alguns passos simples. Confira quais são eles.
Dicas para evitar o desperdício e evitar o consumo exagerado
– Faça uma compra consciente
Uma oposição ao modelo do consumismo é a compra consciente. Ela se baseia em três questionamentos, são eles: “a compra que você vai fazer é necessária?”, “você pode pagar por essa compra?”, “há alguma alternativa à essa compra?”.
O objetivo dessas perguntas é estimular uma reflexão intensa sobre o impacto e necessidade de cada compra, fazendo com que a pessoa saia do “modo automático” impulsivo de compra.
– Desapegue e venda suas roupas bem conservadas em um brechó
Sabe aquela roupa que você acha linda, está há anos no seu armário e você nunca usou? Se você não consegue usá-la e ela está em ótimo estado, você pode levá-la para um brechó.
Existem diversos bazares e brechós em todas as cidades do Brasil mas, caso você não conheça nenhum, você também pode vender suas peças em bom estado na internet – em grupos de “desapego” do Facebook ou até mesmo em sites voltados para a venda de roupas usadas.
– Doe as peças que você não usa mais
Para aquelas peças que você só guarda por apego emocional ou que você não usa há muito tempo, a melhor opção é doá-las.
Muitas pessoas, ONGs, instituições e igrejas aceitam doação de roupas, mas lembre-se que elas devem estar em bom estado! Além de ajudar o próximo, essa ação também estimula a sustentabilidade.
– Faça o desafio de 1 semana usando as mesmas peças de diferentes formas
Quem disse que nós temos que nos vestir de uma forma diferente todos os dias? Muitas pessoas tem pânico de repetir roupa, mas isso é mais do que normal.
Recentemente, um desafio bombou entre as fashionistas: usar as mesmas de roupa durante uma semana, mas de formas e em looks diferentes. Você pode acrescentar outras peças durante a semana, mas o ideal é que pelo menos uma ou duas sejam repetidas. Além de estimular a criatividade, isso também contribui para um consumo mais consciente.
– Customize as peças que você gosta, mas “perderam a graça”
Você sabia que além de vender e doar suas roupas, você também pode repaginá-las? A customização é uma ótima opção para “reviver” antigas peças dando uma nova cara à elas.
A YouTuber Paula Stephânia é especialista em customizar peças, no vídeo abaixo ela transformou um short jeans, uma sapatilha e uma camisa usando uma técnica bem diferente de customização. Vale a pena conferir para se inspirar!