Conheça as incompatibilidades químicas capilares e evite danos nos seus cabelos

  •  Icone Calendario7 de outubro de 2022
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  • Luana Queiroz
 Conheça as incompatibilidades químicas capilares

Na hora de transformar o visual, muitas mulheres não economizam nos procedimentos capilares, incluindo descoloração e alisamento capilar. No entanto, na busca pelo cabelo perfeito, quem sofre as consequências são os fios, que recebem muitas vezes uma quantidade de química que pode danificá-los e, se eles não forem tratadas com cuidado, consequências gravíssimas podem acabar acontecendo.

Os danos à integridade do fio e até mesmo o tão temido corte químico acontecem com mais frequência do que se imagina e, ao contrário do que se pensa, o real perigo não mora na quantidade de elementos químicos aplicados, e sim na mistura de ativos que podem ou não serem compatíveis.

Antes de fazer qualquer transformação, é preciso conhecer profundamente as madeixas e ter muito cuidado com os produtos e métodos escolhidos para que elas não sejam impactadas pela incompatibilidade química.

Saiba agora tudo sobre incompatibilidade entre produtos químicos e como realizar as suas transformações capilares de forma segura!

O que é incompatibilidade química?

A incompatibilidade química é uma reação que pode acontecer na fibra capilar quando duas substâncias, ao serem misturadas, causam um resultado adverso. No caso de incompatibilidade química capilar, essa reação promove um superaquecimento que pode gerar a quebra e o temido corte químico.

Para evitar esse dano extremo nos cabelos, é imprescindível conhecer quais substâncias químicas utilizadas em alisamentos e relaxamentos são compatíveis, além de fazer o teste de mecha para observar como o cabelo se comporta com determinada combinação.

Riscos da incompatibilidade química capilar

A incompatibilidade entre produtos químicos pode causar diversos danos no cabelo, sendo alguns deles até irreversíveis. Entre os riscos para a fibra capilar mais comuns estão a porosidade, cutículas eriçadas, fios com baixa resistência, elasticidade e quebra.

Por falar em quebra, o risco mais conhecido quando o assunto é incompatibilidade química é o corte químico. O corte químico é um tipo de quebra capilar bem severa que pode ocorrer quando há a aplicação de uma substância junto de outra que não é compatível, o que causa uma liberação de calor nos fios, que acaba “derretendo” a fibra capilar.

Preparando o cabelo para receber a química

Em primeiro lugar, antes de aplicar qualquer produto, o cabelo precisa estar preparado para recebê-lo. Isso porque a maioria dos alisamentos, e também a descoloração, possuem componentes que alteram a estrutura do cabelo, o que acaba com a proteção e integridade dos fios.

A melhor forma de evitar madeixas extremamente secas, danificadas, quebradiças e porosas é deixar o cabelo forte e resistente para receber os ativos da química. A dica é, pelo menos um mês antes do procedimento, investir em uma rotina de tratamentos e segui-la à risca.

Para realizar esse cuidado, o caminho indicado é seguir um cronograma capilar, que alia hidratação, nutrição e reconstrução para fortalecer os cabelos. Seguindo o cronograma de forma correta, a água, os nutrientes e a oleosidade natural do seu fio serão repostas e garantidas, além da fibra capilar estar bem protegida, pronta para receber o ativo químico sem causar grandes danos.

Mulher negra de cabelo liso e longo, na cor castanho médio

Tipos de alisamento de cabelo e descolorações e suas compatibilidades

Antes de aplicar qualquer tipo de produto no cabelo, principalmente os que contenham química em sua composição, é necessário se atentar aos componentes da fórmula, ainda mais se o seu cabelo já possui algum tipo de química. Isso porque alguns ativos químicos não se misturam bem com outros, e os resultados podem ser desastrosos para o seu cabelo.

Consulte a seguir as principais bases de relaxamento capilar, alisamento e descoloração e em que casos pode acontecer a incompatibilidade química.

Tioglicolato de Amônio

O tioglicolato de amônio é uma substância que atravessa as camadas protetoras do fio até chegar em sua estrutura e o amolece. Ele é usado juntamente com um neutralizante para estabilizar o seu pH, pois o seu efeito é muito forte.

  • Tioglicolato de amônia é compatível com progressiva?

O ideal é que, se você tem escova progressiva, o tioglicolato de amônia seja aplicado somente na raiz crescida.

  • Botox é compatível com tioglicolato?

O botox capilar deve ser evitado por quem aplica tioglicolato, uma vez que são incompatíveis quimicamente.

  • Formol é compatível com tioglicolato?

Assim como é compatível com a escova progressiva, o tioglicolato não gera incompatibilidade química com o formol.

  • Amônia é compatível com guanidina?

O tioglicolato de amônio e a guanidina são substâncias que juntas causam incompatibilidade química.

Guanidina

A guanidina age no cabelo reorganizando os componentes químicos dos fios, desestruturando as cadeias internas e deixando a textura mais maleável (o que resulta no efeito liso).

Ela não é compatível com a maioria das químicas existentes, porém, a sua reação varia muito de cabelo para cabelo. O ideal é conversar com um especialista, que vai analisar o histórico de substâncias presentes no seu fio. Além disso, é importante destacar que o uso indevido da guanidina pode causar queimaduras graves no couro cabeludo.

  • Tinta é compatível com guanidina?

Quem faz uso da guanidina não deve colorir o cabelo com tinta, já que são químicas incompatíveis. Neste caso, o ideal é optar por tonalizantes.

  • Guanidina é compatível com formol?

Embora a guanidina tenha incompatibilidade química com a maioria das substâncias transformadoras capilares, com o formol ela é compatível.

  • Guanidina é compatível com progressiva?

Neste caso, depende de qual substância será usada no procedimento da progressiva. Se a escova progressiva for à base de tioglicolato de amônia, vai acontecer a incompatibilidade química. Já a progressiva com base em queratina está liberada.

  • Guanidina é compatível com botox?

Quem fez uma transformação capilar com guanidina não deve fazer uso do botox já que as duas químicas não são compatíveis.

Hidróxido de sódio

O hidróxido de sódio é a famosa soda cáustica e está presente na maioria dos alisantes. De efeito extremo e irreversível, o hidróxido de sódio é usado principalmente nos cabelos muito crespos para reverter as suas estruturas. Sua presença nos produtos cosméticos é regulamentada pela Anvisa e a concentração não pode passar de 2%.

  • Hidróxido de sódio é compatível com guanidina?

Nos cabelos que já possuem guanidina e colorações, o uso deve ser controlado e analisado por um especialista através do teste de mecha.

Descoloração

Para descolorir os fios, é usado um agente oxidante – que pode ser água oxigenada ou amônia – juntamente com o descolorante. O primeiro abre a fibra capilar e o segundo retira a melanina dos fios.

Qualquer tipo de descoloração não pode ser usada, sob nenhuma circunstância, com o hidróxido de sódio. Já com os outros químicos alisantes (tioglicolato e guanidina), é preciso que seja feito o teste de mecha primeiro para saber como o cabelo vai reagir.

Independentemente de qual seja o procedimento, é possível usar os mais diversos tipos de químicas para cabelos sem abrir mão de um visual arrasador – mas para isso, é preciso saber quais podem ou não ser misturados. Para ajudar nesse processo, é muito importante que o teste de mecha seja feito pelo profissional cabeleireiro antes de tudo para garantir a integridade dos fios.



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