Descubra todos os benefícios da cauterização capilar e qual a melhor forma de realizá-la
- 7 de fevereiro de 2016
- 15:57
- Salon Line
Descubra todos os benefícios da cauterização capilar e qual a melhor forma de realizá-la
Todo os dias nossos cabelos são expostos a estímulos que podem danificá-los, isso inclui a variação de temperatura, o secador, a chapinha, o vento, os mais diversos procedimentos químicos e até a poluição. Não à toa, dar fim aos fios danificados e mantê-los cada vez com mais o brilho e a maciez é o que todas desejam.
Um dos métodos mais eficazes que garantem esses resultados é a cauterização capilar. “A técnica reconstrói o fio de dentro para fora, selando as cutículas. Por isso, o termo cauterização
”, explica Marcella Dias, hairstylist e diretora do Salão Mega Hair Line, em São Paulo.
Entenda mais sobre o procedimento e descubra todos os benefícios que ele pode trazer para a saúde do seu cabelo.
O que é cauterização capilar?
A cauterização é um tratamento que devolve os aminoácidos e a queratina perdidos por conta da exposição a ambientes e danos externos. Quando repostos, a fibra capilar volta a sua estrutura original, ou seja, saudável.
Além disso, seu efeito proporciona cabelos mais brilhantes, alinhados e macios. Em alguns casos, consegue até selar as pontas duplas, dando um fim a elas.
Para quem é indicado?
O principal objetivo da cauterização capilar é nutrir e repor a queratina dos fios. Por isso, o tratamento é recomendado para todo e qualquer tipo de cabelo danificado – liso, ondulado, cacheado e crespo – que tenha passado por processos químicos ou sofrido perda natural dos nutrientes.
Como é feita?
Existem vários produtos para realizar o processo. Kits e cremes que contém queratina – principal ativo da cauterização – são os mais usados para realizar o passo a passo. É importante, também, usar uma fonte de calor para aquecer o produto aplicado no cabelo e garantir que ele penetre na fibra capilar. Saiba como realizá-lo no salão, com a ajuda de um profissional, e em casa.
No salão de beleza
Marcella conta que, geralmente, o primeiro passo é o shampoo. Em seguida, é feita a aplicação do produto com queratina no cabelo ainda molhado. Assim, ele penetra melhor no interior do fio.
Em seguida, é preciso usar alguma fonte de calor – pranchas de alta temperatura (e de uso exclusivo profissional), toucas térmicas e até mesmo secadores – são usados para garantir que a selagem da cutícula seja eficiente. Por fim, os fios são enxaguados.
Em casa
O tratamento caseiro pode ser feito da mesma forma: primeiro é preciso lavar e depois tirar a umidade do comprimento e das pontas. Então, aplique o produto, seguindo sempre as orientações do fabricante – ela costuma estar no verso da embalagem. Em alguns casos, o produto aplicado para a reposição de queratina precisa de enxágue.
Após a aplicação, seque os fios com secador e, se quiser um efeito mais alinhado, use a prancha logo em seguida. Então, deixe o tempo estimado do produto agir e por fim, pode partir para a lavagem.
De quanto em quanto tempo deve ser feito?
Para cabelos quimicamente tratados, a cada 10 dias. Para cabelos naturais, a cada 15 ou 20 dias, só para prevenir as pontas duplas.
Por que recorrer a um bom profissional?
Todo procedimento que envolve química é bom ter a ajuda de um profissional. É ele quem vai saber como aplicar os produtos, a quantidade certa e o tempo de ação. No caso da cauterização, como a queratina compõe 90% da fibra capilar, repor essa proteína é garantia de cabelos mais resistentes e fortes. No entanto, o excesso do ativo pode endurecer os fios, deixando-os sem movimento e com aspecto pesado. Por isso, o ideal é recorrer a um profissional de confiança.
Quais são os benefícios da cauterização nos fios?
Os benefícios da cauterização são vários: ela mantém o cabelo com mais brilho, nutre, deixando-os saudáveis o suficiente para encarar algum tipo de química. Além disso, evita as pontas duplas e a porosidade da fibra capilar, uma vez que a queratina é capaz de devolver a estrutura original dos fios, evitando assim, que ele quebre com facilidade.
Cauterização contém formol?
Não! O formol é uma substância usada, normalmente, em escovas progressivas e métodos alisantes. Sua principal ação é na fibra capilar – ele ataca as pontes de dissulfeto, responsáveis por dar a forma natural dos fios.
Ao quebrá-las, o cabelo fica alinhado. Além disso, o formol forma uma película ao redor da fibra, fazendo com que nutrientes essenciais para a saúde do cabelo não penetrem como deveriam – por isso, costumam ressecar ao longo do tempo. E tem mais: como a oleosidade natural do couro cabeludo não consegue seguir ao longo do comprimento, a região tende a ficar oleosa.
Por isso, fique tranquila: a cauterização apenas repõe a queratina perdida, não alterando em nada o formato original dos fios.
Como cuidar após o tratamento?
Para prolongar o tratamento, Marcella indica usar shampoos perolados, já que costumam ser os mais hidratantes de todos. Para reconhecer o produto, basta olhar a cor: ele deve ficar com aspecto cintilante quando colocado próximo a luz.
Utilizar a máscara de tratamento no lugar do condicionador também é uma boa alternativa – existem máscaras específicas que agem de três a cinco minutos no banho, além de ótimas, são práticas.
Lembre-se: passar protetor térmico e reparador de pontas fazem toda a diferença. Eles vão proteger a fibra capilar das altas temperaturas e manter a resistência do fio por mais tempo.
Qual a diferença entre cauterização e reconstrução capilar?
A reconstrução capilar também é um tratamento realizado a base de queratina, assim como a cauterização. Porém, na cauterização usa-se queratina líquida e fonte de calor para selar os fios. Já na reconstrução, é utilizado produtos à base de queratina, com raras exceções para a queratina líquida -, seguidos de enxágue e sem a necessidade das ferramentas de calor.
Existem contra indicações?
Sim, algumas pessoas devem evitar a cauterização. Saiba em que casos ela está (ou não) liberada
Grávidas ou lactantes
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a cauterização não faz uso de formol – substância que pode trazer má formação ao feto e, por isso, não deve ser usada durante a gestação.
Por isso, grávidas e lactantes podem ficar tranquilas. “A cauterização não traz em sua formulação nenhuma química agressiva, como o formol e seus derivados”, diz Marcella Dias.
Importante: o ideal é que os produtos a serem utilizados durante a técnica sigam as especificações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por isso, peça ao profissional para olhar a embalagem, lá você encontra o registro do órgão.
Químicas em excesso
Por mais que o tratamento seja indicado para cabelos que passaram por procedimentos químicos e que, por esse motivo, precisam de hidratação, é necessário ter cuidado. Para fios que sofreram cortes químicos ou em casos em que o couro cabeludo está sensível ou com alguma descamação, o indicado é não realizar o procedimento. Isso porque, nestes casos, ele tendem a ficar mais frágeis e o couro, mais oleoso.