Você conhece a Síndrome do Pequeno Poder?
Entenda o que é a síndrome do pequeno poder e saiba como combatê-la
- 8 de junho de 2019
- 15:23
- Tayla Pinotti
Aquele seu colega de trabalho acabou de receber uma promoção e já está dando ordens e dificultando a vida de outros colabores? Então ele pode estar sofrendo com a síndrome do pequeno poder.
Apesar de ser muito comum principalmente no ambiente corporativo, essa síndrome pode acontecer em qualquer tipo de relação – como nas familiares, afetivas ou em qualquer outro ambiente onde haja interação social.
Nas universidades, por exemplo, não é raro ver docentes usando o cargo para rebaixar estudantes, desmerecendo sua inteligência ou até mesmo fazendo exigências absurdas.
O que é a síndrome do pequeno poder
Para a psicologia, a síndrome do pequeno poder é quando, ao receber um poder, um indivíduo passa a ter atitudes de autoritarismo, usando sua posição de forma absoluta, sem medir as consequência dos seus atos.
Isso porque uma pessoa que maltrata e humilha outra costuma não ter sensibilidade e empatia com o sofrimento alheio e, dessa forma, não percebe os danos que comete ao outro.
Também por este motivo é que, apesar de parecer um problema individual, essa síndrome acaba se tornando uma questão social, já que interfere nos mais diversos âmbitos e relações do dia a dia.
É importante lembrar que as relações de poder fazem parte da vida em sociedade, mas que um verdadeiro líder não precisa utilizar sua posição para prejudicar ou diminuir outras pessoas.
A síndrome do pequeno poder mostra que indivíduos que, muitas vezes nem estão em posições de liderança, enfrentam uma espécie de distorção da realidade e, ao mesmo tempo que estão com o ego inflado, também podem sofrer com a insegurança nas próprias capacidades.
Opressor e oprimido
De acordo com profissionais da psicologia, a síndrome do pequeno poder afeta tanto o opressor (a pessoa com o “poder” em questão) quanto o oprimido (pessoas em geral afetadas).
Ambos podem ser atingidos pela ansiedade e depressão, um porque o poder acaba “subindo para a cabeça” e o outro porque sofre com humilhações e rebaixamentos.
Vale lembrar que, além dos exemplos já citados, como a relação de chefe – subordinados e professor – alunos, também podemos citar as relações conjugais, as relações parentais ou a relação entre clientes e prestadores de serviços.
Em todos os casos é preciso ter cuidado para que a opressão por parte do indivíduo que sofre com a síndrome do pequeno poder não passe a ser vista como normal em algum momento.
Especialistas indicam que a opressão não seja aceita e nem alimentada, mas também é importante tomar cuidado com reações muito agressivas.
O ideal é combater a raiz desses problemas, que podem ter origens sociais, já que toda relação de poder é uma construção da sociedade, que ainda trabalha com conceitos ultrapassados de hierarquia.
Neste caso, o oprimido só continua sendo rebaixado se ele se permitir. Lembrar que a síndrome do poder não significa que o indivíduo, de fato, exerce algum poder sobre você é o primeiro passo para se livrar deste tipo de comportamento na sua vida.
Esse “pequeno poder” costuma desabar quando a pessoa tem que responder às responsabilidades que o poder exige. Quando as coisas dão errado é mais fácil jogar a culpa em um subordinado, mas a situação muda quando se precisa da ajuda desse subordinado para resolver o problema. E quando o subordinado não tem essa obrigação de limpar a sujeira, o mandão abaixa a bola e usa a palavra mágica ” por favor “. Enfim, só a humildade pode resolver isso. Para aqueles que pensam em ser autoridade máxima a vida toda, o fim se chama abandono.