Interseccionalidade: o que isso tem a ver com o feminismo?

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  • Talitha Benjamin
 três mulheres se abraçando com os olhos fechados

O feminismo é um dos assuntos mais debatidos dos últimos tempos. A necessidade de debater os direitos das mulheres é evidente quando olhamos os dados que apontam a desigualdade: recordes de registros de violência de gênero nos apontam que, apesar de ser um debate latente, ainda precisamos ver na prática os números refletirem um avanço em direção a uma sociedade mais igualitária para as mulheres. 

No entanto, quando falamos sobre as dificuldades enfrentadas por esse grupo, também é necessário salientar os diferentes recortes que, em sua maioria, representam uma realidade ainda mais dramática. 

Em um país tão grande como o Brasil, com dimensões continentais, a igualdade e liberdade não se apresentam da mesma forma para todas as mulheres. Um grande exemplo dessa separação de prioridades pode ser observada no início do próprio movimento feminista: enquanto as mulheres brancas reivindicavam seu direito ao trabalho e à independência financeira, mulheres negras e não-brancas, herdeiras de uma cultura escravagistas, já viviam a realidade de cargas horárias exploratórias e a necessidade de serem responsáveis pelo sustento da família. 

Por isso, quando falamos de feminismo, é importante também falar de interseccionalidade. Esse termo, complexo em sua pronúncia, mas necessário de se debater, é essencial para pensarmos uma sociedade mais igualitária e plural. Vamos entender juntas?

Feminismo interseccional: o que é e qual a sua importância?

O conceito de feminismo interseccional reconhece que, além da violência de gênero, existem outras formas de opressão e discriminação com profundos impactos na vivência das mulheres, como os de raça, classe, sexualidade, entre outras identidades sociais. Basicamente, é uma luta que reconhece que a conexão entre essas identidades e, consequentemente, das opressões sofridas, não podem ser tratadas separadamente. 

Falar de feminismo interseccional é reconhecer que as mulheres não formam um grupo único e hegemônico, e que diferentes mulheres sofrem diferentes formas de opressão. O exemplo mais emblemático que temos é das mulheres negras, que enquanto grupo social, enfrentam tanto os efeitos da violência contra a mulher, quanto os efeitos do racismo: de acordo com um relatório sobre a situação dos direitos humanos, elaborado pela Anistia Internacional, as mulheres negras representam 62% das vítimas de feminicídio no Brasil.

Também, podemos destacar a situação alarmante das mulheres trans e travestis no Brasil: em 2022, foram 131 mortes registradas, fazendo com o que o país seja o mais mortal para este grupo pelo 14º ano consecutivo, com dados da Agência Brasil.

Assim, o feminismo interseccional busca debater um feminismo mais inclusivo e igualitário, que priorize todas as experiências e necessidades de todas as mulheres, principalmente das que pertencem aos grupos marginalizados e mais vulneráveis. É reconhecer que falar apenas de igualdade de gênero não é o suficiente, e que para criar uma sociedade mais inclusiva, existem nuances bem mais complexas do que a vivência da mulher branca, cisgênero e de classe média.

Não somos iguais: as mulheres possuem as mesmas reivindicações e necessidades?

Entender o feminismo de forma interseccional é entender que os problemas enfrentados pelas mulheres não são universais e, sim, moldados por uma complexa interação de diferentes problemas sociais e dinâmicas de poder. 

Uma mulher branca, cisgênero e heterossexual, por exemplo, pode ser vítima de violências e opressões de gênero, porém, também obter privilégios por conta da sua raça e identidades de gênero e orientação sexual. Da mesma forma que mulheres com um alto poder aquisitivo, também podem ser vítimas de violência doméstica, porém, possuírem mais recursos para escaparem de uma situação de abuso, o que é diferente de uma mulher que depende financeiramente de seu abusador.

Ignorar como essas opressões acontecem em simultâneo leva a um entendimento bem limitado da condição das mulheres: em um país com diferentes grupos culturais e raciais, é importante pensar os direitos das mulheres de forma integral e inclusiva, considerando soluções que abranjam esses grupos, e pensando soluções específicas para todos eles.

Mulheres diferentes que lutam juntas: como pensar em uma sociedade mais inclusiva para TODAS as mulheres?

Pensar uma sociedade inclusiva para todas as mulheres, interseccionalmente, começa por reconhecer, e trabalhar para corrigir, as desigualdades estruturais do Brasil. É impossível falar de feminismo sem falar também sobre o racismo estrutural, que faz com que as mulheres negras e não-brancas se encontrem na base da pirâmide social e econômica. 

Refletir sobre o feminismo interseccional é também refletir sobre como as estruturas de poder da sociedade se movimentam para disseminar diferentes tipos de opressão, e que todas essas questões precisam ser debatidas com empatia, compreensão e atenção para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todas.

A interseccionalidade pode até ser uma palavra difícil, mas muito necessária. Afinal, cada um de nós é a junção de diversas características únicas. Ou seja, seres múltiplos. Assim, é preciso entender e respeitar a individualidade. Para deixar tudo isso mais claro, a Ana Paula Xongani entra em cena e esclarece tudo para você. Aperte o play!



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